domingo, 30 de agosto de 2009

HeRoíNa: O IníCio...



A substância foi descoberta em 1874, a partir de um aprimoramento na fórmula da morfina. Os trabalhos de pesquisa nessa área já haviam levado, por exemplo, à invenção da seringa, criada em 1853 por um cientista francês que procurava maneiras de melhorar a aplicação da morfina. Batizado de heroína, o novo remédio começou a ser vendido em 1898 para curar a tosse. A bula dizia: “A dose mínima faz desaparecer qualquer tipo de tosse, inclusive tuberculose”. O nome fazia referência às aparentes capacidades “heróicas” da droga, que impressionou os farmacêuticos do laboratório da Bayer.Logo descobriram também que, injetada, a heroína é uma droga de efeito veloz, poderoso e que provoca dependência rapidamente. Viciados em crise de abstinência têm alucinações, cólicas, vômitos e desmaios. Assim, a heroína teve sua comercialização proibida em 1906, nos EUA. Em 1913, o fabricante alemão parou de produzi-la, mas ela manteve intensa circulação ilegal na Europa e, principalmente, na Ásia. A droga voltou a aparecer nos EUA somente no começo dos anos 70, quando soldados servindo na Guerra do Vietnã começaram a consumi-la com asiáticos. Estima-se que cerca de 10% dos veteranos voltaram para casa viciados.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Consequências do Vício por Heroína


A taxa de mortalidade entre os usuários de heroína das ruas é muito alta. As mortes precoces estão associadas ao envolvimento em crimes para sustentar o vício; à incerteza quanto à dose, pureza e até mesmo á composição do que se compra nas ruas; e as infecções graves relacionadas com drogas contaminadas e o uso compartilhado de seringas e materiais para aplicação. Os usuários de heroína costumam adquirir infecções bacterianas que causam abscessos cutâneos, endocardite, infecções pulmonares, infecções virais como hepatite e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

Tolerância, dependência e abstinência da Heroína




A injeção de uma solução de heroína produz várias sensações descritas como calidez, aptidão ou “barato” e prazeres intensos (“ímpeto”), geralmente comparados com o orgasmo sexual. Existem algumas diferenças entre os opióides no que se refere aos seus efeitos agudos, pois a morfina produz mais efeitos devidos a uma liberação da histamina, enquanto meperidina causa mais excitação ou confusão.
Entretanto, mesmo os dependentes com experiência de opióides não conseguem diferenciar entre a heroína e a hidromorfona em testes duplo-cegos.
Desta forma, a popularidade da heroína pode ser devida à sua disponibilidade no mercado ilícito e ao início de ação rápido. Depois da injeção intravenosa, os efeitos começam em menos de 1 minuto. A heroína é altamente lipossolúvel, atravessa rapidamente a barreira hematoencefalica e é desacetilada para formar metabolitos ativos 6-monoacetil-morfina e morfina. Depois da euforia intensa, que dura de 45 minutos a vários minutos, há um período de sedação e tranqüilidade (cochilo), que dura até 1 hora. Os efeitos da heroína desaparecem em 3-5 horas, dependendo da dose. Usuários experientes podem injetar 2 a 4 vezes por dia. Assim, o dependente de heroína está oscilando entre o “barato” e a sensação desagradável do início da abstinência. Isto provoca muitos problemas nos sistemas homeostáticos, que pelo menos parcialmente são regulados pelos opióides endógenos.
O eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal e o eixo hipotalamico-hipofisário-supra-renal são anormais nos dependentes de heroína. As mulheres têm irregularidades menstruais e os homens apresentam vários problemas de desempenho sexual. O humor também é afetado, os dependentes de heroína são relativamente dóceis e condescendentes depois de tomarem a droga, mas durante a abstinência ficam irritáveis e agressivos.
A tolerância aos efeitos euforizantes dos opióides desenvolve-se rapidamente. Também há tolerância aos efeitos depressores respiratórios, analgésicos, sedativos e eméticos. Os usuários de heroína tendem aumentar sua dose diária dependendo dos recursos financeiros e da disponibilidade da droga. Se houver um suprimento à disposição, a dose pode ser aumentada progressivamente em 100 vezes. Mesmo nos indivíduos altamente tolerantes, ainda há possibilidade de overdose caso a tolerância seja ultrapassada. A overdose tende a ocorrer quando a potência da droga de rua é inesperadamente alta, ou quando a heroína é misturada com um opióide muito mais potente, sintetizado em laboratórios clandestinos.

A dependência da heroína ou de outros opióides de ação curta provoca anormalidades comportamentais e geralmente se torna incompatível com a vida produtiva. Há um risco significativo de uso abusivo e dependência de opióides entre médicos e outros profissionais da saúde que têm acesso a opióides potentes e, desta forma estão sujeitos à experimentação sem supervisão.
Os opiódes podem ser usados em combinações com a cocaína. Os usuários referem-se a uma acentuação na euforia.

Heroína


A heroína é a droga opióide mais importante no que se refere ao uso abusivo. Nos EUA, não é possível conseguir heroína por meios legais para seu uso clínico. Alguns especialistas afirmam que essa droga possuí propriedades analgésicas únicas para o tratamento da dor grave, mas experiências duplo-cegas não conseguiram demonstrar que ela seja mais eficaz do que a hidromorfona. Entretanto a heroína está amplamente disponível no mercado ilícito e seu preço diminuí significativamente.
O nível de dependência física dos viciados em heroína é relativamente alto, e que os usuários que interrompem o uso regular terão sintomas mais graves de abstinência. Embora anteriormente fosse necessário usar a heroína através de injeção intravenosa, as preparações mais potentes podem ser fumadas ou administradas via nasal (cheiradas), tornando, desta forma a iniciação ao uso da droga acessível a pessoas que não seriam capazes de introduzir uma agulha em suas veias.
Não é possível calcular o número exato de dependentes de heroína, mas com base em extrapolações dos óbitos por overdose, no número de solicitações para tratamento e na quantidade de dependentes que abandonaram o vício, as estimativas variam de 800.000 a 1 milhão de pessoas.

Uso de Opióides


São usados no tratamento da dor principalmente. Agem através de um mecanismo neurológico central reduzindo a sensação de dor e produzindo uma sensação de bem-estar ou euforia.
Os efeitos subjetivos dos opióides são úteis no tratamento da dor aguda.
Os pacientes com dor raramente desenvolvem problemas de uso ou dependência. Evidentemente, os indivíduos tratados com os opióides sempre desenvolvem tolerância e , se o fármaco foi interrompido repentinamente, terão sinais e sintomas da síndrome de abstinência os opióides, que evidenciam a dependência física.

Morfina

A morfina é um alcalóide natural extraído da planta Papaver somniferum, vulgarmente designada papoula do Oriente ou papoula dormideira. O ópio é o suco obtido da papoula Papaver somniferum, 25% do peso do qual são alcalóides.

Morfina e a Mitologia Grega

Morfeu é o deus dos sonhos na mitologia grega, no entanto acreditava-se que o deus responsável por fazer as pessoas dormir era Hypnos, deus do sono e pai de Morfeu.
Quem promoveu a confusão entre o deus dos sonhos e o deus do sono, que se consagrou popularmente, foi o alemão Friedrich Wilhelm Adam Sertürner, que, em 1803, isolou o alcalóide activo do ópio, chamando-lhe de "Morphium" em alusão a Morfeu, mudando mais tarde para morfina.
Assim, a morfina deve o seu nome ao deus dos sonhos Morfeu, visto que induz sonolência e efeitos análogos aos sonhos.