sábado, 28 de novembro de 2009

MORFINA PARECE PROMOVER CRESCIMENTO DE TUMORES NOS DOENTES ONCOLÓGICOS


Analgésicos opióides poderão promover o crescimento e metastização das células tumorais, revelam dois estudos.

Dois novos estudos sugerem que a morfina e outros analgésicos opióides poderão promover o crescimento e metastização das células tumorais.

Os trabalhos, apresentados esta semana numa conferência internacional sobre câncer, em Boston, demonstram ainda que, no câncer do pulmão, ao evitar que os opióides alcancem as células doentes, previne-se a sua proliferação e migração. Os resultados, obtidos através de experiências laboratoriais em culturas e em roedores, sugerem que o receptor da morfina poderá tornar-se um potencial alvo de novos tratamentos. “Se estes dados se confirmarem em ensaios clínicos, poderão alterar a forma como encaramos a anestesia cirúrgica nos doentes oncológicos”, salientou Patrick A. Singleton, da Universidade de Chicago e principal autor dos dois estudos. A morfina pode aumentar a proliferação das células tumorais, inibir o sistema imune e promover o crescimento de novos vasos sanguíneos, que alimentam o tumor.

Fonte: http://www.tribunamedicapress.pt

domingo, 15 de novembro de 2009

Receptores Opióides


Os receptores opióides são receptores celulares para neurotransmissores presentes no sistema nervoso humano, aos quais se unem os opióides.


A sua existência se postulou nos anos 70 ante a multiplicidade de respostas farmacológicas que produz a administração externa de opiáceos. Em 1973 descobriu-se a sua existência e denominaram-se, de forma genérica, receptores opióides.

Os opióides, quer sejam endógenos (produzidos pelo próprio organismo) ou exógenos (administrados externamente), unem-se de forma específica e reversível a estes receptores, produzindo deste modo as suas ações biológicas.

Os opióides são agonistas dos receptores opióides encontrados nos neurônios de algumas zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino. Os receptores opióides são importantes na regulação normal da sensação da dor. A sua modulação é feita pelos opióides endógenos (fisiológicos), como as endorfinas e as encefalinas, que são neurotransmissores.

Existem três tipos de receptores opióides: μ (mu), κ (kappa), e σ (sigma). Os receptores mu são os mais significativos na ação analgésica, mas os sigma e kappa partilham de algumas funções. Cada tipo de receptores é ligeiramente diferente do outro, e apesar de alguns opióides ativarem todos de forma indiscriminada, alguns já foram desenvolvidos que ativam apenas um subtipo. Recentemente (em 1981) foi identificado o receptor δ (delta), que não é ativado por opióides endógenos, por isso ele é desconsiderado.

Os opióides endógenos são peptididos (pequenas proteínas). Os fármacos opióides usados em terapia apesar de não serem proteínas têm conformações semelhantes em solução às dos opióides endógenos, ativando os receptores em substituição destes.


Os receptores opióides encontram-se localizados predominantemente no sistema nervoso (no encéfalo, especialmente na área tegmental ventral e ao longo da medula espinhal e na periferia).

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Formas de Uso




Durante muito tempo, a heroína foi administrada por via intravenosa.
Mas, o aparecimento da SIDA e a sua emergência devastadora entre os heroinómanos explica a tendência actual dos novos consumidores para fumar ou aspirar o vapor libertado pelo aquecimento da substância.
Estudos recentes revelam que as alterações na forma de consumo são também devido à obtenção de maior pureza e ao conceito errado que as outras vias que não a intravenosa não levam a dependência. Hoje sabe-se que a dependência ocorre qualquer que seja o modo de consumo de Heroína, uma vez que na realidade o que torna a droga viciante são os efeitos bioquímicos.
A preparação da injecção de heroína transformou-se num ritual: numa colher, ou num objecto semelhante, coloca-se a droga em pó, mistura-se com água e umas gotas de sumo de limão e coloca-se sobre uma fonte de calor para facilitar a dissolução. Sobre a mistura põe-se um pedaço de algodão ou o filtro de cigarro, para assim filtrar as impurezas, antes de introduzir a droga na seringa. Fica então preparada a injecção.
Por outro lado, o processo de fumar ou inalar os vapores libertados torna-se mais fácil e rápido se se puser a heroína num papel de estanho sobre uma fonte de calor.
É também muito frequente o consumo de heroína misturada com outras drogas, por exemplo a cocaína ("speedball"), para prolongar e intensificar os efeitos de ambos os produtos. No entanto, a injecção intravenosa continua a ser a que provoca maior intensidade e produz euforia mais rapidamente.

Pontos para injectar:

Pontos seguros (Verde)
veias do braços e dos antebraços veias das pernas
Pontos a considerar (Amarela)
pés (veias pequenas, muito frágeis, injecção dolorosa)
Pontos perigosos (Vermelha)
pescoço ,rosto ,abdómen ,peito, coxas ,sexo e pulsos




Fonte: www.ff.up.pt

Obtenção da Droga




Atualmente a heroína é fabricada em laboratórios clandestinos que se encontram principalmente nos países produtores de ópio. A heroína é obtida por acetilação da morfina com anidrido acético, apresentando-se no final na forma de pó ou de blocos com cor branca, creme ou castanha.
Após a acetilação, extrai-se as impurezas fazendo passar o alcalóide em fase orgânica (éter, clorofórmio). À fase onde o alcalóide se encontra dissolvido, junta-se carbonato de sódio, ocorrendo a precipitação da heroína, filtra-se e obtém-se um produto com 15-45% de diacetilmorfina, que é chamado de “Brow Sugar” (produto de pouca qualidade).
Continua-se a dissolver o produto em álcool e adiciona-se éter e ácido clorídrico a quente. Depois de várias filtrações e desidratações por evaporação obtém-se a heroína com uma percentagem de diacetilmorfina muito elevada (cerce de 60 a 95%).
Normalmente a heroína vendida encontra-se adulterada.

Datas Opiáceas!


Da mesma forma que se procurou um substituto para a morfina, começou-se a pesquisar substâncias para resolver o problema do vício da heroína. Uma das substâncias encontradas foi a metadona.


Datas importantes na história dos Opiáceos

1803 – A morfina foi isolada do ópio pelo Frederick Serturner.
1832 – A Codeína foi extraída do ópio.
1853 – Foi descoberta injecção hipodérmica .
1874 – A Primeira vez em que a heroína foi produzida a partir da morfina.
1898 – A Bayer Company introduz a heroína como substituto da morfina.
1906 – Passou a ser obrigatório a rotulagem das substâncias contidas nos medicamentos
1914 – Foi introduzido uma taxa para a distribuição de opiáceos
1922 – Foi restringida a importação do ópio excepto para uso medicinal.
1924 – O fabrico e posse de heroína tornou-se ilegal
1930 – Federal Bureau of Narcotics foi criada.
1970 – Divisão das drogas em categorias, regulamentos e penalizações para os narcóticos.


Abuso de Droga


"O abuso e a dependência das drogas é um grande problema enfrentado por toda a sociedade. Além dos prejuízos sociais, as drogas causam graves distúrbios físicos nos seus usuários. O conhecimento dos efeitos danosos causados pelas drogas na saúde do indivíduo pode ajudar na prevenção do seu uso".

Heroína Heroína é uma droga que leva a dependência facilmente. É uma droga processada da morfina e apresenta-se usualmente como um pó branco ou marrom. O abuso da heroína está associado com graves problemas físicos, incluindo overdose fatal, aborto espontâneo, colapso venoso e doenças infecciosas, incluindo HIV/AIDS e hepatite. Complicações pulmonares, incluindo vários tipos de pneumonia, podem resultar da condição de saúde precária do usuário, assim como do efeito depressor da heroína na respiração. Além dos próprios efeitos da heroína, a droga pode conter aditivos que não se dissolvem bem e resulta em obstrução dos vasos sanguíneos dos pulmões, fígado, rins ou cérebro. Isso causa infecção ou mesmo a morte de parte desses órgãos vitais.

Fonte: http://www.antidrogas.com.br/mostraartigo.php?c=622